Em discurso no Plenário nesta segunda-feira (25), o senador
Magno Malta (PR-ES) criticou a posição do Conselho Federal de Medicina (CFM),
que decidiu enviar ao Senado um documento em que defende a liberação do aborto
até a 12ª semana de gestação. A proposta deve ser examinada pela comissão
especial que trabalha na reforma do Código Penal, da qual Magno Malta é
integrante. Na ocasião, o senador também defendeu a permanência do deputado
federal e pastor Marco Feliciano na presidência da Comissão de Direitos Humanos
e Minorias (CDHM) da Câmara (assista ao vídeo abaixo).
Legalização do aborto
Segundo o senador, um aborto de um feto com 90
dias pode ser considerado um “assassinato brutal”. Para o senador, trata-se uma
proposta que banaliza a vida, pois a vida “começa na concepção”. Ele destacou
que a medida pode aumentar a fila nos hospitais após festas como o Carnaval e
festas juninas, em que, supostamente, há uma maior liberdade sexual e um maior
número de gestações indesejadas. Segundo Magno Malta, muitos médicos estão
revoltados com a posição do Conselho.
O senador disse que abortar um feto pode ser
considerada a mesma coisa que matar uma criança. Magno Malta também sugeriu
convocar o presidente do CFM para um debate na Comissão de Direitos Humanos e
Legislação Participativa (CDH) e na comissão que trabalha na modernização do
Código Penal. Ele ainda informou que a Frente Parlamentar em Defesa da Família,
da qual é presidente, se reunirá nesta terça-feira (26) às 10h para tratar do
assunto.
“Eu quero avisar o Conselho Federal de Medicina
que eles não vão ter tempo bom pela frente. A proposta deles já nasceu abortada.
Nós estamos atentos à preservação da vida”, declarou o senador.
Militância e defesa
O senador também registrou que trabalha há mais
de 30 anos com recuperação de dependentes químicos. Magno Malta disse que sempre
agradece a Deus a oportunidade de “exercer o sacerdócio” de trabalhar com
recuperação de drogados e acrescentou que o drama do Brasil não é o crack mas,
sim, a droga legalizada, como o álcool.
Magno Malta ainda fez uma defesa do deputado
pastor Marco Feliciano (PSC-SP), que está sofrendo pressões de movimentos
sociais para deixar a presidência da CDHM da Câmara dos Deputados. O senador
disse ter muitas divergências com o deputado, mas opinou que Feliciano deve ser
mantido no cargo em respeito à liberdade, ao voto e ao Parlamento. Magno Malta
lembrou que os cargos são definidos por regras regimentais e acordos partidários
e lembrou que o deputado foi eleito com 212 mil votos.
Assista ao vídeo em que o
senador Magno Malta defende o pastor Marco Feliciano
Fonte: Agência Senado
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