"Assim, não é
difícil entender a manipulação que está sendo empreendida na sociedade
contemporânea. Obrigando a pessoa que originalmente defendia uma posição
conservadora em relação aos temas morais, por meio de ameaças, como o
de receber o estigma de intolerante, homofóbico, retrógrado e até
criminoso, a publicamente acatar a ideia da normalidade e até dignidade
de tais condutas, a engenharia social aplicada impõe sobre ela uma
pressão psicológica que clama por alívio"
É notório que as técnicas de manipulação psicológica em massa estão bem avançadas. Lançando mão das experiências de Pavlov, das intuições de Milton Erickson e de outras experiências desenvolvidas por experts no comportamento humano, institutos travestidos de beneficentes arrancaram a Psicologia dos laboratórios e clínicas e a conduziram para os centros de estudo, onde o objetivo tem sido desenvolver métodos de controle e direcionamento coletivos, aplicando-os desavergonhadamente na população.
Obviamente,
o indivíduo ordinário, normalmente alheio às questões desse nível,
sequer faz ideia de que seus gostos e escolhas podem não ser tão livres
quanto ele imagina. É provável que seja mesmo completamente dirigido e
sequer desconfie que isso aconteça.
Se
obervarmos, por exemplo, a mudança de opinião que vem ocorrendo na
sociedade, em relação a comportamentos que antes eram tidos
universalmente como reprováveis, como é o caso do homossexualismo, do
divórcio, do aborto etc., é difícil acreditar que tais mudanças
aconteceram espontaneamente, e não como reações provocadas por um
meticuloso trabalho de engenharia social.
Ilustrativamente,
o exemplo dos estudos de Leon Festinger mostram uma das formas
possíveis dessa manipulação. Em suas experiências, o professor concluiu
que uma pessoa, ao fazer uma escolha, se expõe aos elementos cognitivos
contrários a essa escolha, os quais, dependendo de sua relevância, podem
causar maior ou menor pressão psicológica, o que ele denomina
dissonância cognitiva, e reclamam invariavelmente por alívio. Para
diminuir essa pressão, o indivíviduo buscará elementos cognitivos
apropriados que corroborem sua opção e, assim, diminuindo a força dos
dados contrários, diminua consequentemente a dissonância.
Compreendendo
o resultado desses estudos e observando o comportamento da sociedade,
considerando, também, a constância da propaganda em favor das bandeiras
libertinas, a qual todas as pessoas têm sido expostas há vários anos,
não é difícil imaginar a intensidade da dissonância provocada, já que a
convicção original da imoralidade dessas condutas situa-se exatamente na
posição contrária do que é divulgado ininterruptamente pelos meios de
comunicação em massa. A opção por uma posição moralmente conservadora é
confrontada, ininterruptamente, com a ideia de que essa posição é
errada, passível inclusive de reprimenda. Um cidadão comum, moralmente
conservador, sofre todo o tempo, em nossa sociedade contemporânea, a
pressão de ter sua posição contestada e reprovada por uma falsa opinião
pública fabricada nas salas dos engenheiros sociais.
O
sr. Festinger, porém, foi além em suas experiências e ainda detectou
algo mais interessante. Quando alguém é exposto, por meio de ameaças ou
promessas, à imperiosidade de publicamente acatar uma ideia, o que ele
chama de condescendência forçada, mantendo, no entanto, uma opinião
privada que seja conflitante com a declaração pública, isso gera
invariavelmente também uma dissonância, que, obviamente, reclama por
solução. Ocorre que, concluiu o pesquisador - e aqui está o dado
surpreendente -, forçar um indivíduo a argumentar abertamente em favor
de uma opinião contribuirá, muitas vezes, não para que a dissonância se
torne mais forte, mas para que haja uma mudança da opinião privada em
favor dessa mesma opinião pública, como forma de aliviar a pressão
existente.
Assim,
não é difícil entender a manipulação que está sendo empreendida na
sociedade contemporânea. Obrigando a pessoa que originalmente defendia
uma posição conservadora em relação aos temas morais, por meio de
ameaças, como o de receber o estigma de intolerante, homofóbico,
retrógrado e até criminoso, a publicamente acatar a ideia da normalidade
e até dignidade de tais condutas, a engenharia social aplicada impõe
sobre ela uma pressão psicológica que clama por alívio. Porém, ao
impeli-la a agir constantemente em favor dessa condescendência forçada, a
solução encontrada pela pessoa, muitas vezes, não será o conflito
aberto contra aquilo que está contra suas convicções íntimas, mas, pelo
contrário, como a experiência descrita demonstrou, sua adesão àquilo que
lhe era contrário. Forçá-la a não criticar condutas tidas por ela como
reprováveis, fazendo com que seja obrigada a, quando instada a falar
sobre os tema, sempre ter que fazer ressalvas que diminuem a crítica,
quando não invertem-na para um elogio, como vimos, pode conduzi-la a
acatar exatamente a ideia que antes criticava.
Por
isso, quando observamos a sociedade aderindo, em massa, à aprovação de
todo o tipo de conduta que antes era tida simplesmente por imoral e
reprovável, sabemos que isso não se dá porque essa mesma sociedade, por
meio da reflexão, do debate e da razão chegou a essa conclusão, mas,
unicamente, porque foi conduzida, como um gado pelo pasto, pelos peões
comprometidos com a criação de uma sociedade segundo suas próprias
dementes utopias.
fonte; www.fabioblanco.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe Seu Comentário...