Depois de caírem mais de 10%, os papéis da OGX Petróleo e da LLX
Logística, ambas do empresário Eike Batista, fecharam com perdas de
1,75% e 5,39%, com a possibilidade de um socorro do governo por meio da
Petrobras.
Os papéis tiveram ontem novo dia de queda livre, refletindo a informação
veiculada pela revista "Veja" de que as obras do porto do Açu correm o
risco de afundar.
Responsável pela obra, a LLX afirmou que os rumores são "inverídicos e
infundados". "Todas as obras realizadas no Superporto do Açu e no
estaleiro da OSX (portos) no Açu são baseadas em rigorosos estudos,
elaborados por renomadas empresas de engenharia no Brasil e no
exterior", diz a nota.
A recuperação só veio minutos antes do fechamento da Bolsa, após notícia
divulgada pelo serviço em tempo real do "Valor" de que o governo Dilma
Rousseff considera que uma eventual "quebra" do grupo não é de interesse
do país e que trabalha para ajudar a restaurar a confiança das empresas
X.
O governo teria acionado a Petrobras para assegurar a demanda no porto
do Açu, contratar infraestrutura portuária da OSX e também comprar
eventuais blocos de exploração de petróleo adquiridos pela OGX.
BANCOS
O mercado também está preocupado com a exposição dos bancos brasileiros,
que teriam emprestado quase R$ 12 bilhões às empresas X.
O Bradesco e o Itaú teriam dado mais de R$ 5 bilhões cada um ao
empresário. O BTG Pactual aportou R$ 1,6 bilhão e colocou à disposição
mais R$ 1 bilhão. Caixa e BB teriam mais R$ 2 bilhões cada a receber. Os
bancos não confirmam esses valores.
Para fazer os empréstimos, Eike dava como garantia parte das ações de
empresas do grupo, que derreteram neste ano. As ações da OGX, que tem
dívida estimada em R$ 5 bilhões, a maior do grupo X, caíram perto de 60%
em 2013.
Um dos maiores bancos credores afirma que a situação das empresas X é
preocupante, mas que não impacta neste momento seu balanço.
Os bancos só precisam elevar as chamadas provisões para calotes se
aumentarem as chances de não pagamento da dívida. A queda no valor das
ações, mesmo dadas como garantia, não implica o aumento das provisões.
Outro banco credor diz que contrata operações privadas que funcionam
como um "seguro" contra eventuais perdas com empréstimos a determinadas
empresas. Dessa forma, mesmo em caso de calote o banco estará
parcialmente coberto.
PORTO DO AÇU
O procurador-geral da República em Campos, norte fluminense, Eduardo
Oliveira, pretende intimar nesta semana os responsáveis pelo projeto do
porto do Açu, em São João da Barra (RJ).
Segundo ele, a medida será tomada por considerar a nota publicada pela "Veja" "muito grave", já que afeta a população da cidade.
Especula-se que o calado do porto teria ficado com profundidade inferior ao planejado. A LLX nega problemas.
fonte; folha
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