Homem sinistro do PT teme poder de programas evangélicos de TV e diz que governo está preparando mídia para contestar posições evangélicas sobre aborto e homossexualismo
Julio Severo
Um dos homens mais sinistros do PT fez uma importante revelação na semana passada: O PT precisa fazer uma disputa ideológica com os líderes evangélicos pelos setores emergentes.
Gilberto
Carvalho, secretário-geral da Presidência da República do governo de
Luiz Inácio Lula da Silva, foi o principal articulador do PT nos eventos
depois do assassinato de Celso Daniel, o prefeito petista de Santo
André que “sabia demais”. Várias pessoas que foram testemunhas do
assassinato foram depois também assassinadas. O caso envolvia
grandalhões.
Carvalho
era braço-direito do prefeito e, conforme denunciaram os irmãos do
prefeito assassinado que hoje encontram-se exilados em outro país por
ameaças de morte, o PT tinha um grande esquema de corrupção em Santo
André, onde enormes somas de dinheiro eram levadas à cúpula do PT — no
caso, para José Dirceu.
Com a força sinistra de Carvalho, o caso foi abafado, com todos os seus escândalos e sangue derramado.
Gilberto Carvalho: Governo do PT preocupado com mídia evangélica que defende valores morais |
O
colunista Reinaldo Azevedo, falando de Carvalho, disse: “Os petistas,
embora não o digam em público, consideram que a oposição está
liquidada”. De fato, o PT não tem oposição política ou midiática secular
nenhuma. O PSDB, que é pintado como “oposição”, nada mais faz do que
imitar o PT, como comprova a insana lei anti-“homofobia” do Estado de São Paulo, a qual saiu diretamente das entranhas do PSDB.
No
Fórum Social Mundial, segundo Azevedo, Carvalho disse que o governo
quer criar uma mídia estatal para o povo, porque o governo não quer que o
povo fique “à mercê da mídia conservadora”.
Na eleição de 2010, o Brasil inteiro viu como o PT estremeceu quando as denúncias de sites e blogs evangélicos
contra o aborto e o homossexualismo colocaram em risco a eleição de
Dilma Rousseff, que precisou mentir para ganhar o público evangélico. O
PT continua com medo dos evangélicos.
De
modo geral, a mídia evangélica se abstém de tocar em assuntos que
incomodam o governo, como aborto e homossexualismo. Às vezes, quando
falam, acabam recuando, como aconteceu com uma poderosa instituição
evangélica que postou um manifesto contra o PLC 122, mas prontamente
o retirou quando os ativistas gays ameaçaram — incidente desagradável
que foi devidamente tratado pelo filósofo Olavo de Carvalho.
Entretanto,
na televisão, a voz mais forte e vigorosa contra a agenda gay tem sido a
de Silas Malafaia, seguida de algumas outras poucas vozes de líderes
neopentecostais.
Essas
vozes poderiam ser mais fortes, mas foram cooptadas ao PT mediante o
trabalho satânico de evangélicos petistas. No início da década de 1990, a
revista Ultimato, de linha
calvinista esquerdista, se revoltava contra a oposição neopentecostal
feroz ao PT. Paul Freston, que era membro de carteirinha do PT e
articulista da Ultimato, se
queixava de que as igrejas neopentecostais usavam suas redes de
televisão para mostrar oposição sólida ao PT, e questionava como
levá-las aos currais petistas.
Graças à lábia macia de Caio Fábio, que era então colunista da revista Ultimato e
o maior pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil, essas igrejas
acabaram se unindo a muitas igrejas históricas no apoio ao PT, embora
muitas delas ainda usem, ainda que timidamente, seus canais de televisão
para condenar a legalização do aborto e da sodomia.
Gilberto
Carvalho, o homem sinistro do PT, mostra que o PT vê essas igrejas
midiáticas como uma oposição que não existe em nenhuma outra parte no
Brasil. Claro que os poucos sites e blogs cristãos conservadores também
são uma ameaça ao poder absoluto que o PT exige sobre as mentes e
corações, mas as redes de televisão neopentecostais estão agora na mira
da preocupação do PT.
Eis, nas palavras de Reinado Azevedo, da revista “Veja”, como o PT vê os programas evangélicos de TV que condenam o aborto e o homossexualismo:
A
força que o [PT] teme é justamente a religiosa. E, no caso, não é a
Igreja Católica que os preocupa. Embora tenha cooptado o PRB — o partido
da Igreja Universal do Reino de Deus, do autointitulado “bispo” Edir
Macedo, dono da Record —, o PT sabe tratar-se de uma vistosa, mas
pequena parte dos evangélicos. Seguindo os passos da teoria gramsciana, o
“partido” tem de se consolidar como um “imperativo categórico”, de modo
que toda ação concorra para fortalecê-lo. Mesmo os movimentos de
crítica e reação hão de estar subordinados a este ente. Haver
organismos, entidades, grupos ou religiões que cultivem valores fora do
abrigo do partido é inaceitável.
Os
“pensadores” do PT querem começar a criar as condições para limitar ou
anular a influência das igrejas evangélicas especialmente nas questões
relativas a costumes. O projeto petista se consolida é com a completa
laicização da sociedade, sem espaço para a moral privada ou de grupo.
Teses como descriminação do aborto, legalização das drogas, união civil
de homossexuais, proselitismo sexual nas escolas (nego-me a chamar de
“educação” o tal kit gay, por exemplo) tendem a encontrar resistência. E
as vozes que lideram essa resistência costumam ser justamente as dos
evangélicos. Setores da Igreja Católica também reagem, sim, mas sabemos
que a Santa Madre está infestada de esquerdistas de batina (ou melhor:
sem batina!).
Ora,
conjuguemos as duas propostas de Carvalho, feitas no Fórum Social: ele
quer o estado produzindo “informação” para a classe C justamente para
disputar almas com os evangélicos. O PT chegou à fase em que acredita
que pode também ser “igreja” — e seu “deus”, como se sabe, é o Apedeuta…
Os petistas ainda não engoliram o recuo que tiveram de fazer em 2010,
no debate sobre o aborto, por causa da pressão dos cristãos.
Os cristãos evangélicos entraram no alvo de médio prazo do PT. Cuidem-se ou serão também engolidos.
Fonte: www.juliosevero.com
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